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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Produtores agrícolas brasileiros são reféns de transgênicos

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse hoje (11) que o pacote tecnológico de transgênicos mantém o produtor brasileiro refém da indústrias e que o custo desse tipo de produção tem crescido mais do que o das lavouras convencionais.

“Os preços de custo dos [produtos agrícolas] transgênicos certamente aumentarão com a alta do dólar e isso acabará estourando no produtor. Por isso, temos defendido cada vez mais o uso de lavouras convencionais, com fertilizantes e adubos convencionais, que hoje estão muto mais baratos”, disse Cassel.

O ministro avalia que a crise não está repercutindo nas atividades dos pequenos e médios produtores, especialmente na obtenção de créditos.

“Essas fontes ainda não foram atingidas e têm sido preservadas. Faz parte da estratégia do governo garantir a produção de alimentos para atravessar o período de crise, e a população mais pobre do campo produz 70% dos alimentos consumidos no país", explicou Cassel.

* Informações da Agência Brasil

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domingo, 13 de abril de 2008

Terminator ou Restrição de Uso (Gurt)

A tecnologia GURT, (Restrição genética de uso, em inglês), também chamada de Terminator, é uma alteração genética que pode ser feita em vegetais para que as plantas sejam incapazes de se reproduzir. A grande vantagem desse sistema é evitar que uma plantação geneticamente modificada para um uso específico possa contaminar com as suas características outras plantações não modificadas. Por exemplo, uma plantação de eucaliptos adaptada geneticamente para possuir madeira mais frágil, própria para a produção de papel, com o uso dessa tecnologia, jamais contaminaria outros cultivos de eucalipto projetados para produção de mobília.

Outro uso desse tipo de tecnologia é a garantia de patente, ou seja, a organização que desenvolver um vegetal com certas vantagens, como soja de maior produtividade, insere a modificação GURT para que os produtores agrícolas tenham que comprar as sementes a cada safra, e não possam eles mesmos cultivar as plantas e depois até vender as sementes.
A tecnologia GURT ainda pode ter outros usos mais pontuais, como impedir a floração de espécies para a obtenção de certas vantagens, como a cana-de-açúcar, que perde glicose com a floração.

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sábado, 12 de abril de 2008

Transgênicos levam mais fome e exclusão ao campo


Investir na reforma agrária, na distribuição de terras e no fortalecimento da agricultura familiar como o modelo produtivo que gera mais emprego, é ambientalmente mais sustentável e distribui mais renda são as três propostas alternativas ao plantio de transgênicos no Brasil defendidas nesta sexta-feira (11) pelo representante da campanha Acabar com o Terminator Julian Pérez.“



A saída no Brasil é mais evidente do que em qualquer outro país, 70% do que vai para o prato dos brasileiros é produzido pela agricultura familiar. É um sistema que produz mais alimentos para os brasileiros, e não só commodities [bens primários com cotação internacional].”



Ao participar do segundo dia da Conferência Especial pela Soberania Alimentar, pelos Direitos e pela Vida, Pérez avaliou que o terminator – tecnologia que altera a semente com a finalidade de gerar plantas estéreis – representa um risco potencial, caso a transgenia seja propagada no mundo.“O agricultor compra a semente, planta e a semente que ele colhe não vai nascer de novo. Um ano após o outro, o agricultor vai ter que estar sempre comprando semente da indústria. O agricultor perde a sua capacidade de produzir e conservar a sua própria semente.”

Ele lembra que o terminator foi desenvolvido, inicialmente, nos Estados Unidos, mas que vários países já realizam pesquisas que utilizam a tecnologia para “aprofundar o monopólio das empresas sobre a semente”.Pérez acredita que, de maneira geral, os transgênicos reforçam um modelo antigo de agricultura baseado na expansão da monocultura, na concentração das terras e dos meios de produção e, conseqüentemente, no aumento do preço dos produtos agrícolas.


“Apesar desse modelo ser propagado como um modelo que quer combater a fome, o que a gente observa é que a fome tem aumentado no mundo, mesmo tendo aumentado a produção desse tipo de alimento. Os transgênicos foram um revigoramento desse modelo, que vai levar mais fome e mais exclusão à população do campo."



Segundo Julian Pérez, a comercialização do terminator é proibida no Brasil pela Lei de Biossegurança, mas um projeto de lei apresentado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) prevê a liberação da tecnologia. Dados da campanha Acabar com o Terminator apontam que quatro empresas em todo o mundo concentram 57% do mercado de sementes e que, entre 1994 e 2006, o preço da semente subiu 250%. '').

* Informações da Agência Brasil
* Foto Conferência Especial para a Soberania Alimentar pela Agência Brasil

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ruralistas na defesa da restrição genética de uso


O deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR) e senadora Kátia Abreu (DEM-TO) organizaram ontem uma audiência pública das comissões de agricultura da Câmara e do Senado para defender a utilização de tecnologias genéticas de restrição de uso, ou seja, plantas geneticamente modificadas e estéreis, conhecidas internacionalmente pela sigla Gurt (Genetic Use Restriction Technology).

Apesar do projeto do deputado Sciarra que trata do assunto não prever a comercialização desse tipo de vegetais, atualmente proibidos pela Lei de Biossegurança, vários dos exemplos dados pelos parlamentares e palestrantes aludiram a uma utilização comercial desses organismos.

A principal vantagem de plantas geneticamente modificadas, que não possam se reproduzir, é a diminuição da chance de se contaminar plantações não modificadas com material das que sofreram alteração genética.

Mas o problema reside no uso para proteção de patente, quando o produtor dos organismos modificados geneticamente elimina a capacidade reprodutora desse vegetal para que o agricultor tenha que comprar as sementes a cada nova safra.

No entanto, para a senadora Kátia Abreu, "nós não temos que impedira ciência com medo do preço que o produto vai gerar". Isso talvez porque ela defenda os interesses de pessoas que não necessitam se preocupar com dinheiro.

* Foto: o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp),Robson Antônio Pitelli; diretor do Grupo Votorantim, Jesus Aparecido Ferro; o representante da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) Francisco José Lima Aragão; senador Neuto de Conto (PMDB-SC), pela Agência Câmara

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Produtores de soja tradicional reclamam de concorrência com grãos transgênicos


Produtores rurais que trabalham com soja convencional no Paraná reclamam da venda de sementes transgênicas misturadas com soja normal. Isso porque, para o produtor, a soja produzida com sementes tradicionais custa em média R$ 40 a saca, enquanto o preço da soja geneticamente modificada foi de R$ 28 na última safra (2006/2007).
A questão foi debatida hoje (11) em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.
Para Adriano Rizemberg, chefe da Divisão de Fiscalização de Insumos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, o índice de contaminação de sementes normais por grãos transgênicos atualmente é alto. "Na safra passada [2006/2007], 300 toneladas de sementes foram consideradas contaminadas por sementes transgênicas, 9% de todos os lotes inspecionados pela Secretaria de Agricultura do estado", afirmou.
Diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Álvaro Viana(foto) explicou que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) concluiu que a soja transgênica não traz malefícios à saúde e pode ser cultivada tranqüilamente. Segundo ele, uma instrução normativa do Ministério da Agricultura estabelece a proporção máxima de grãos que um carregamento de soja pode conter sem que ela seja considerada soja mista.
De acordo com o diretor do Ministério da Agricultura, a raiz das divergências está no fato de que o governo do Paraná utiliza padrão diferente da instrução normativa do ministério. "Os padrões que utilizamos são os estabelecidos pelos cientistas da CTNBio. O Paraná criou um padrão específico para avaliar suas sementes diferente do padrão nacional", afirmou Viana.
A plantação e comercialização de soja transgênica no Brasil foi autorizada em 2003. Para a próxima safra, a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), estima que a produção de soja geneticamente modificada no estado seja de 21,6 milhões de toneladas.


* Por João Porto
* Foto: Dir. do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do MAPA, pela Agência Câmara

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