sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Catadores são tema na Comissão de Direitos Humanos

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Luiz Couto (PT-PB), afirmou que os lixões a céu aberto acumulam 76% de todo o lixo produzido no Brasil. Esses depósitos são impróprios para o descarte de resíduos, pois, além do risco da disseminação de doenças, contaminam os lençóis freáticos e lançam metano, gás que contribui com o efeito estufa, na atmosfera.
E são esses locais insalubres que provêm sustento para milhares de famílias de catadores, que vivem da coleta de materiais recicláveis. Demonstrando, simultaneamente, a rentabilidade de ações ambientalmente corretas e a marginalização do Desenvolvimento Sustentável no país. Foi a respeito dessas pessoas, a Audiência Pública do dia 8/11/2007, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
De acordo com o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, dos 34 mil catadores de material reciclável, só 1.300 estão organizados em cooperativas com capacidade para reciclagem. Outros 7.700 estão em cooperativas que precisam de recursos financeiros para comprar equipamentos e 25 mil não têm nenhum tipo de organização.
Já a gerente de Resíduos Sólidos do Ministério das Cidades, Nádia Araújo, informou que o comitê interministerial criado no ano passado para tratar de resíduos sólidos tem R$ 169 milhões para serem aplicados, em quatro anos, na capacitação de 175 mil catadores de lixo e na implementação de 244 unidades básicas de reciclagem. Esse projeto começou com os catadores de papel, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e conta com 217 órgãos participando do programa de reciclagem em 1.400 municípios.


* Foram utilizadas informações da Agência Câmara
* Foto por Tiago Machado

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1 comentário

Anônimo disse...

Muito bom Daniel!!

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