A pressão política, inclusive internacional, devido ao crescente desmatamento na Amazônia, levou o governo a adotar uma série de medidas para combater a destruição. Além da Operação Arco de Fogo e a restrição de crédito para os desmatadores, o presidente Lula criou nessa semana novas áreas de preservação da floresta.
No entanto, nessa semana também ficou claro que nas áreas de Cerrado não vigoram ainda as mesmas restrições de crédito para os infratores das leis ambientais que valem na Amazônia. O governador Blairo Maggi, do Mato Grosso, estado que mais desmata, comemorou. Cerca da metade da área do estado está no bioma do Cerrado. É como se para salvar a floresta o governo entregasse os outros biomas, menos conhecidos pela União Européia e outros gringos.
Essa despreocupação se reflete diretamente nos níveis de destruição desses biomas. A Mata Atlântica está quase extinta, da vegetação original restam apenas 7%. Enquanto o Cerrado vem sendo devastado em uma proporção duas vezes maior do que a Amazônia, e já tem menos da metade da sua vegetação original. As árvores tortas vão cedendo espaço para o gado, a cana e a soja.
O ministro Minc já disse que pretende restringir o crédito dos desmatadores dos outros biomas também. Mas resta saber quantas árvores vão cair antes que comecem as providências.
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