terça-feira, 20 de maio de 2008

Conselho da Amazônia é opção para formulação de Políticas Públicas



O senador Tião Viana (PT-AC) defendeu a urgente a ativação do Conselho Nacional da Amazônia Legal (Conamaz), pois entende que a inoperância do órgão está deixando um vácuo no tocante à formulação de políticas para a região, o que contribui para estimular especulações internacionais em torno da soberania brasileira sobre essa parcela do território nacional. Criado em 1995, o Conamaz é integrado por governadores de todos os estados da Amazônia e ministros.

A proposta foi defendida em discurso nesta segunda-feira (19), em Plenário, em que o senador comentou a repercussão nos jornais O Globo e em O Estado de S. Paulo de recente reportagem do jornal norte-americano New York Times (NYT) sobre a região. O texto intitulado "De quem é a Amazônia?" levanta a idéia de que a preservação da região está envolta em disputa internacional. A matéria é assinada pelo correspondente do jornal no país, Alexei Barrinuevo.

Como relata o senador, o NYT afirma que "um coro de líderes internacionais declara mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio maior do que apenas das nações que dividem seu território". O jornal lembra, inclusive, que o ex-vice-presidente americano Al Gore, em 1989, disse que, "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós".

Viana também ressaltou que as especulações vão permanecer enquanto as políticas sustentáveis de desenvolvimento não forem definitivamente implantadas. Mesmo que o Brasil continue a falar sobre o "belo exemplo histórico" que representa o país manter ainda mais da metade da Floresta Amazônica preservada, em razão de ações que já vinham sendo adotadas, segundo ele com envolvimento direto da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, que pediu desligamento do cargo na semana passada.

- Infelizmente, a opinião que prevalece, possivelmente sustentada por muitos melancólicos ativistas da chamada defesa da Amazônia como santuário, é que nós temos uma derrota única, crescente e progressiva, ao invés de considerar o avanço na área de monitoramento, o avanço nas políticas de transversalidade - opinou.

* Informações e foto de Tião Viana pela Agência Senado

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