O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi ferido com um golpe de facão no braço em um desentendimento com índios da etnia Caiapó, depois de uma exposição durante o encontro Xingu Vivo, em Altamira, no Pará, que discute a construção de empreendimentos hidrelétricos no Rio Xingu.
Paulo Rezende foi vaiado durante sua apresentação sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte para uma platéia de aproximadamente cinco mil pessoas, segundo a organização do evento.
Com os protestos, o técnico se exaltou. Quando encerrou a apresentação, ele foi cercado por índios da etnia Caiapó, que o feriram com um golpe de facão. O ferimento não foi grave. Rezende foi atendido em um hospital da região e passa bem.
O procurador federal Felício Pontes Júnior, que participou do encontro, disse que a agressão ao técnico da Eletrobrás “é um sinal que os índios vão resistir, fisicamente se preciso, contra o barramento do Rio Xingu”.
O procurador ressaltou que os índios que serão afetados pela construção da Usina de Belo Monte ainda não foram ouvidos pelo poder público. “O projeto está caminhando sem que eles tenham sido ouvidos, e a Constituição Federal fala que eles têm que ser obrigatoriamente ouvidos”, alertou.
A coordenadora do encontro Xingu Vivo, Antônia Martins, também considera que o diálogo entre o governo e as comunidades locais, os ribeirinhos e os índios, foi deficiente.
Segundo a organizadora do evento, o grande número de movimentos sociais e comunidades tradicionais representadas no encontro são uma demonstração do descontentamento da sociedade local com os projetos hidrelétricos.
“Esse evento é uma demonstração de que o povo da transamazônica e do Xingu não querem Belo Monte, não querem essas barragens”, avaliou Antônia Martins.
Antônia Martins disse que as comunidades suspeitam das informações sobre a construção da usina, porque “a interlocução que está sendo feita pela Eletrobrás vem das consultorias pagas pelas grandes empresas, como a Camargo-Corrêa e Andrade-Gutierrez”, interessadas nas obras, declarou.
Paulo Rezende foi vaiado durante sua apresentação sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte para uma platéia de aproximadamente cinco mil pessoas, segundo a organização do evento.
Com os protestos, o técnico se exaltou. Quando encerrou a apresentação, ele foi cercado por índios da etnia Caiapó, que o feriram com um golpe de facão. O ferimento não foi grave. Rezende foi atendido em um hospital da região e passa bem.
O procurador federal Felício Pontes Júnior, que participou do encontro, disse que a agressão ao técnico da Eletrobrás “é um sinal que os índios vão resistir, fisicamente se preciso, contra o barramento do Rio Xingu”.
O procurador ressaltou que os índios que serão afetados pela construção da Usina de Belo Monte ainda não foram ouvidos pelo poder público. “O projeto está caminhando sem que eles tenham sido ouvidos, e a Constituição Federal fala que eles têm que ser obrigatoriamente ouvidos”, alertou.
A coordenadora do encontro Xingu Vivo, Antônia Martins, também considera que o diálogo entre o governo e as comunidades locais, os ribeirinhos e os índios, foi deficiente.
Segundo a organizadora do evento, o grande número de movimentos sociais e comunidades tradicionais representadas no encontro são uma demonstração do descontentamento da sociedade local com os projetos hidrelétricos.
“Esse evento é uma demonstração de que o povo da transamazônica e do Xingu não querem Belo Monte, não querem essas barragens”, avaliou Antônia Martins.
Antônia Martins disse que as comunidades suspeitam das informações sobre a construção da usina, porque “a interlocução que está sendo feita pela Eletrobrás vem das consultorias pagas pelas grandes empresas, como a Camargo-Corrêa e Andrade-Gutierrez”, interessadas nas obras, declarou.
* Publicada originalmente pela Agência Brasil
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