domingo, 4 de maio de 2008

PDOT deve combater desequilíbrio perverso


O Plano Piloto, região central de Brasília, abriga apenas 10% da população do Distrito Federal, no entanto, 70% dos empregos formais estão concentrados nessa área. Para Diretor de Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Benny Schasberg, essa divisão da oferta de empregos representa um “desequilíbrio perverso”.
Para Benny, o novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) deve combater esse “modelo desequilibrado” de ocupação. Segundo ele, para isso, seria importante a polarização da cidade, desconcentrando o foco econômico do Plano Piloto, “orientando prioritariamente os investimentos nas áreas de infra-estrutura econômica, social, urbanização nas áreas mais precárias e carentes”. O Diretor de Planejamento Urbano atentou para a “falta cultura, esporte e lazer” nas áreas periféricas da cidade.
A decisão do governo do DF de transferir as atividades administrativas para Taguatinga, no chamado Buritinga, foi acertada, na opinião de Benny. Ele acredita que o Eixo Sudoeste da Cidade, na direção das satélites de Taguatinga, Riacho Fundo, Recanto das Emas e Gama, é o melhor eixo de expansão para a cidade.
De acordo com Scharsberg, o projeto do PDOT, apresentado antes das audiências públicas que estão sendo realizadas, não considerarou “um conjunto de aspectos de impacto ambiental, problemas hídricos, suporte de carga, questões de carga e recarga de aqüífero, questões de adensamento, vetores de expansão e eixos de adensamento do Distrito Federal”.
O novo PDOT do DF está em fase de discussão por audiências públicas.
* Foto : Benny Scharsberg

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