terça-feira, 18 de março de 2008

Governo corta orçamento e políticas de saúde indígenas serão afetadas

Na última quarta-feira (12/3), o Congresso aprovou o orçamento geral da União com corte nos recursos destinados à política indígena de mais de 105 milhões de reais. A medida afetará, principalmente, a área de saúde. Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) criticou a aprovação, pois a redução "não contemplará o custeio das ações necessárias para atender as demandas da população indígena no país". O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) divulgou uma nota técnica na qual aponta, além da saúde, o saneamento das aldeias, a atenção social aos povos indígenas e a demarcação de terras como áreas também afetadas. A vida de inúmeras crianças indígenas sofre constate perigo em razão da falta de políticas voltadas para a implantação de condições dignas.
No Maranhão, só em 2007 morreram 16 crianças por conseqüência de doenças provocadas por problemas na água. As crianças desse povo têm que conviver diariamente com a falta de tratamento de esgoto e com água contaminada. Só no orçamento previsto para saneamento básico nas aldeias teve corte de 40%.
Em relação à segurança alimentar e nutricional dos povos, o corte previsto no orçamento é de 20%. Para o Cimi, "é inadmissível que diante da situação de caos na política de atenção à saúde indígena no Brasil tal corte seja feito". De acordo com o Cimi, o Programa "Atenção à saúde dos povos indígenas" teve um corte orçamentário de R$ 65,1 milhões e a ação "Promoção, vigilância, proteção e recuperação da saúde indígena" de R$ 53,4 milhões, em relação ao previsto.
* Extraído do Adital

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