terça-feira, 18 de março de 2008

Setor Noroeste "é ato de irresponsabilidade"


Assim como o Sudoeste, que foi criado a partir do Brasília Revisitada, o governo do Distrito Federal pretende lançar ainda este ano o Setor Noroeste.

O professor de arquitetura da Universidade de Brasília, Frederico Flósculo, critica o Noroeste. Diz que a região é o maior bolsão de água potável do Planalto Central. Construções no local contribuirão para o assoreamento do Lago Paranoá.
“O setor Noroeste vai impactar diretamente o regime desse aqüífero e as compensações são insignificantes. Ou seja, esse ato de ocupação do setor Noroeste adensa a bacia do Lago Paranoá e é um ato irresponsável com relação à urbanidade, ao patrimônio cultural da humanidade que é Brasília e com relação às condições ambientais do Planalto Central”, explica o professor da UnB Frederico Flósculo.
Outro problema pode ser o trânsito. O que se vê hoje no Sudoeste, deve se repetir no Noroeste. Os 40 mil futuros moradores significam, pelo menos, 15 mil veículos.
“As vias de Brasília já estão no limite de saturação. Isso é evidente quando passamos por um acidente e o trânsito fica parado. Com mais um pólo gerador de tráfego, nó vamos precisar equacionar bem a saída para essa situação”, alerta o especialista em trânsito Davi Duarte.


O Setor Noroeste deverá ocupar 200 hectares para 20 quadras residenciais. A área fica próxima ao Parque da Água Mineral. E os quase 300 hectares do Parque Burle Max também fazem parte do projeto. A expectativa é de que a licença de instalação do Ibama saia em 15 dias. O GDF quer fazer do Noroeste um Bairro Verde para 40 mil pessoas, já que o setor será implantado em uma área de proteção ambiental.


* Informações do DFTV (14/3/08)

* Gráfico da Área do Setor Noroeste extraído da Corregedoria do GDF

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