O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara Neto, explicou que o desmatamento na região pode ser dividido em duas grande modalidades: corte raso, ou corte e queima, que é um processo muito usado nas décadas de 70 e 80, feito de forma mais rápida; e degradação progressiva, que tem vem sendo registrada desde o fim da década de 90. Nessa modalidade, o desmatamento começa com a extração seletiva de madeira, depois há queimadas e o plantio de pasto até o corte total da vegetação. Esse processo, segundo o diretor do Inpe, ficou conhecido como "engana satélite", já que os produtores da área acreditavam ser possível fugir da fiscalização.
Neto,apresentou há pouco o sistema de monitoramento da Amazônia por satélite desenvolvido pela entidade. Ele explicou que o órgão monitora o desmatamento desde 1988, quando o trabalho era feito a partir de interpretação visual das imagens. Esse sistema, chamado Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), traz as taxas anuais de desmatamento por corte raso. Em março de 2004, o governo lançou o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento Ilegal na Amazônia e solicitou ao Inpe o desenvolvimento de um sistema que monitorasse mais que o corte raso da floresta. Dessa forma, surgiu o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), que emite sistema de alerta sobre focos de desmatamento. "Tentamos ver o desmatamento desde o seu início. Quanto mais cedo formos informados, mais fácil deter o processo", disse.
A audiência sobre o desmatamento na Amazônia, que ocorre hoje (9) no plenário 2, é promovida pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.
* Informações da Agência Câmara
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