Na opinião do professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Flósculo, o projeto do Urbanista Lúcio Costa, Brasília Revistada, que criou o Setor Noroeste e outras áreas de expansão de Brasília não está baseado em estudos de impacto ambiental. “Lúcio Costa, quando decidiu pela criação do Noroeste fechou a linha tracejada dos desejos de localização junto ao valorizado Plano Piloto”, avaliou o professor. De acordo com ele, a escolha do local do bairro levou em conta apenas a valor imobiliário da localização, para ele, existem outras áreas, na região do Gama e da Samambaia, que poderiam acomodar melhor o crescimento da cidade.
Flósculo acredita que o Setor Noroeste terá um impacto negativo sobre o Parque Nacional de Brasília, devido à proximidade do projeto com a área de proteção ambiental. O professor lembra que, apesar de parte do abastecimento de água do Distrito Federal vir de mananciais dentro do parque, foi permitida a instalação de um lixão, o Aterro do Jóquei, na outra extremidade da área de preservação. Ao redor do lixão se consolidou através dos anos a Invasão da Estrutural. Flósculo disse que a invasão e o lixão, somados a projetos como o Setor Noroeste e a Cidade Digital, que também será construída na região, são um “assédio” ao Parque Nacional.
* Originalmente publicado na Ecoagência
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